Max retirou-se do encontro com energias renovadas. Comentou com Francine como estava surpreso de tudo ter corrido bem, sem tumulto e sem estresse.
Fran concordou que também ela havia se sentido muito bem ali. Apesar de saber que a torcida era dele, sentiu-se acolhida e aceita.
Foram necessários dois carros para transportá-los com todos os presentes que ganharam.
Fran sentou-se no chão como uma criança e olhava os presentes que tinham recebido.
Max deitou-se na cama e começou a pensar nos acontecimentos daquela tarde agradável. Pesou sua responsabilidade – agora teria que tomar muito mais cuidado com as palavras. Será que havia deixado bem claro para a torcida que o jogo acabara e que agora queria ter de volta o controle de sua vida?
Sabia que isso ainda iria demorar. Os holofotes ainda estava apontados para ele e Fran.
Por outro lado, era reconfortante saber que Fran estaria protegida enquanto eles estivessem no foco das atenções. Não iriam pressioná-lo, enquanto as torcidas estivessem ativas.
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INTERVALO COMERCIAL
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CONCENTRAÇÃO... a palavra ecoou na cabeça de Max. Lembrou-se de uma das fãs daquela mesa, chamando-o de encantador... sorriu, sem jeito. Sabia que encantava as pessoas, mas tinha consciência de que não era nada proposital, e sim um dom que possuía.
Aquelas fãs não eram adolescentes que torciam por um romance. Elas nem se preocuparam em lhe pedir autógrafos... estranho. Max estranhou mais ainda o fato de que elas não lhe pediram nada, além de um pouco de sua atenção.
Por incrível que pareça, nem mesmo isso elas não me pediram – pensou - pois queriam minha atenção voltada apenas para a minha arte, era só sobre isso que elas queriam conversar. Ofereceram um canal de divulgação, ao invés de me pedirem qualquer coisa.
CONCENTRAÇÃO... pensou de novo.
Muito estranha essa comunidade. São fãs diferentes mesmo.
Em meio a essas reflexões, Max acabou adormecendo.
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INTERVALO COMERCIAL
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Cada torcedora, em cada torcida, estava se sentindo especial, pois Max as cubrira de atenção e carinho.
Para as torcedoras da CONCENTRAÇÃO que estiveram presentes no encontro, a noite apenas começava.
Havia um número imenso de companheiras de comunidade que não puderam comparecer ao evento, ansiosas por notícias. As que foram precisavam compartilhar essas emoções, espargir essa energia para as amigas ausentes. Assim, cada uma que ia chegando em casa, imediatamente acessava a comunidade para repassar as impressões para as demais companheiras.
Todas tinham fotos para mostrar. Todas compartilhavam as imagens, trocando bilhetinhos. Diálogos eram reproduzidos. Esse clima de alegria varou a noite e perdurou por dias.
INTERVALO COMERCIAL
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Todos esses acontecimentos reafirmaram no seio das integrantes da CONCENTRAÇÃO o sentimento de que eram a tropa de elite do Max, dispostas a fazer o que estivesse ao seu alcance para ajudá-lo.
Naquela comunidade, Max poderia estabelecer o seu quartel general e todas aquelas torcedoras seriam de bom grado suas formiguinhas operárias.
No dia seguinte, Max acordou e viu um bilhete sob a porta. Estranhou aquele envelopinho e resolveu abri-lo. “A senha é CONCENTRAÇÃO. Nunca se esqueça!”
Max não entendeu nada. Como isso havia parado ali? Se tinha algo que o intrigava era essa torcida.
Não compreendia muito bem os sentimentos que ela lhe despertava. Sentia-se protegido, mas confuso; querido, mas receoso, curioso e ressabiado ... é isso: estou encantado por essa torcida!
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No próximo capítulo: Vida que segue
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