Já tinha percebido que uma senhora parecia ter incontinência urinária pelo número de vezes que ela passou para ir ao banheiro, cada vez acompanhada de uma colega diferente.
Pressentia que elas estariam descontroladas e começou a preparar-se psicologicamente para mais uma sessão de sorrisos, fotos, autógrafos e agradecimentos.
Era chegada a hora de enfrentar a galera. Segurou a mão de Fran e abraçou a mãe, dirigindo-se para a parte externa, onde sua torcida o aguardava.
A entrada de Max foi saudada por um grito da torcida. Um grito de alívio, de surpresa e de emoção, ao mesmo tempo. Todos se mantiveram relativamente quietos e os três homenageados começaram a sua peregrinação pelas mesas.
Eles sorriam para todos, tinham sempre uma palavra, tiravam quantas fotos o pessoal quisesse. Se há uma coisa que ninguém dos presentes pode falar é que Max, Francine e Clara deixaram de dar atenção, carinho e tempo aos fãs.
Ganharam presentes, assinaram camisetas, demoraram o tempo necessário em cada mesa, com cada fã.
Do outro lado, as meninas da CONCENTRAÇÃO estavam ansiosas. Max demorava demais em cada mesa... não daria tempo de chegar ali - se preocupavam. Esticavam o pescoço, comentavam sobre a simpatia de Clara, sobre a beleza de Fran e apoiavam-se mutuamente na ansiedade.
Quando menos esperavam, eis que Clara se aproxima da mesa da CONCENTRAÇÃO. Todas se levantaram para abraçá-la. Entregaram a linda cesta de sabonetes, deixando Clara surpresa. As flores e o cartão foram entregues em seguida. Clara distribuiu sorrisos e, simpaticamente, posou para fotos.
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INTERVALO COMERCIAL
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Quando Clara foi se afastando, Francine se aproximou da mesa ao lado, atraindo um monte de torcedoras para seu redor. Recebeu presentes, brincou com as torcedoras, deixou-se fotografar e foi extremamente atenciosa com todos.
Mas, a CONCENTRAÇÃO ainda estava ali, roendo unhas, preocupada. Max sequer chegar na área próxima onde o pessoal da comunidade estava.
Max estava rodeado de fãs, quando seu olhar correu o recinto e não achou Fran. Disfarçadamente, foi se dirigindo para o local onde ela estava, mas o cerco em volta de Francine era tanto que Max acabou ao lado da mesa da CONCENTRAÇÃO... o acaso os aproximara.
O sorriso encantador atraiu logo as torcedoras da comunidade para perto dele. Ele, sem saber de quem se tratava, posava para as fotos e agradecia uma por uma. Até que uma delas disse: - nós somos da CONCENTRAÇÃO.
Max parou, torceu o pescoço, sacudindo a cabeça:
- Desculpe, não ouvi direito.
- Nós somos da CONCENTRAÇÃO, repetiu a torcedora. Era uma comunidade secreta que foi organizada para te ajudar, explicou ela.
Max olhou para ela, diretamente nos olhos e respondeu:
- Eu sei quem é a CONCENTRAÇÃO. Vocês fizeram a diferença.O coração das fãs pulou de uma só vez, causando uma tremedeira só.
Uma a uma das torcedoras teve a oportunidade de conversar com Max sobre algum assunto: as meninas da CONCENTRAÇÃO quiseram saber se Max queria ou precisava de alguma ajuda para a divulgação de seus minimins.
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INTERVALO COMERCIAL
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Os olhos de Max brilharam. Poderia falar sobre algo que realmente lhe dava prazer. Alegou falta de tempo para modelar, que aquele momento estava difícil para se dedicar á sua arte e agradeceu o canal de divulgação que a CONCENTRAÇÃO disponibilizou a ele.
Alguém puxou a mão de Max, tentando retirá-lo dali. Passara tempo demais com essas fãs. Para os que estavam perto de Max, parecia que a conversa havia durado alguns segundos apenas. Por uns momentos, Max permaneceu perto daquelas meninas: espelho e imagem se aproximando, estabelecendo contato e burilando afinidades.
Max saiu para dar atenção a outros fãs. Depois de atender a todos, sentou-se com Francine e sua mãe para interagir mais à vontade com seus amigos. Vibrou com as homenagens feitas à sua mãe. Esquivou-se sabiamente das pessoas que tentavam aproximar-se dele para tirar algum proveito. E, por fim, assistiu aos vídeos que a célula da CONCENTRAÇÃO em Fortaleza havia trazido especialmente para o encontro.
Enfim, a torcida poderia torcer ao lado de Max, soltar seu grito de apoio. E Max poderia sentir de pertinho a força que todos mandavam para ele enquanto esteve confinado.
Emocionado, levantou-se e dirigiu-se ao microfone. Todos os presentes se calaram. Todos os olhos se voltaram para ele, brilhando de alegria e encantamento. Max falou. Tocou os corações de todos. Agradeceu, brincou e despediu-se.
As meninas da CONCENTRAÇÃO estavam em êxtase. Aquele encontro havia confirmado todas as expectativas: Max era exatamente aquela pessoa que as encantou e fez com que perdessem noites de sono para apoiá-lo.
E ele, antes de entrar no carro para ir embora, olhou para aquela última mesa, colocou as mãos nos lábios, enviou um beijo e acenou. Parece ter sentido na alma que a CONCENTRAÇÃO acabara de reafirmar seu compromisso: Nada do Max, tudo para o Max.
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NO PRÓXIMO CAPÍTULO: O ENCANTAMENTO
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