Max ansiava por rever os seus. Queria estar perto das pessoas mais importantes de sua vida: da sua mãe, Clara, de sua irmã, sobrinha e de todos os amigos que o apoiaram durante sua vida. Enfim, ansiava por relaxar os nervos e apenas curtir a presença daqueles que lhe eram caros – a grande família Porto, o seu porto seguro. “As pequenas coisas da vida são as mais caras ao nosso coração e não tem dinheiro que compre”.
A mãe de Francine, ao saber que a filha sairia do isolamento, viajou imediatamente para o Rio a fim de rever sua filha.
Durante o trajeto para Maricá, Fran adormeceu e Max resolveu ler uma revista. Precisava saber como estava o mundo, o que havia acontecido nesse tempo em que ficou confinado. Começou a folhear a revista, olhando manchetes e fotografias, até que uma reportagem o surpreendeu. Bem ali diante de si, Max lia uma matéria sobre a Comunidade Concentração. Aquela não era uma revista dedicada a celebridades... por que essa comunidade estaria sendo matéria nesta revista?
Concentração... esse nome volta e meia retornava à sua cabeça. Max ficava intrigado com a sensação que este nome lhe provocava.
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INTERVALO COMERCIAL
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Max foi recebido em sua cidade com toda a pompa que a ocasião pedia: carro de bombeiro, banda na praça e, claro, uma multidão de fãs.
Quantas vezes, pensou ele, andei por estas ruas anônimo. Talvez isso nunca mais fosse possível.
Não conseguia entender o poder da mídia, de torná-lo cidadão ilustre de uma hora para outra.
Quando se esforçava ao máximo, somente com seu talento, as portas não se abriam tão facilmente. Agora, aquelas pessoas estavam à sua volta, homenageando-o por simplesmente ter sido ele mesmo, por ter se mantido fiel aos seus princípios. “Isso não é qualidade alguma”, pensou ele, “isso é o mínimo que pode esperar de todos os seres humanos”.
Nosso herói tinha plena consciência de que este poder que eleva uma pessoa ao estrelato também poderia levá-la ao fundo do poço. Esta foi uma preocupação constante, enquanto esteve na casa, um compromisso assumido consigo mesmo: “Jamais falar da moral de uma pessoa lá dentro. Não agüentaria o peso de ser o causador da queda de outro ser humano”.
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INTERVALO COMERCIAL
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Depois de todas as celebrações de praxe, Max e Fran, enfim, chegaram em casa. Tudo era tranqüilidade, tudo era festa. Família e amigos vieram confraternizar com Max. Fran foi apresentada e acolhida por todos os presentes. A mãe de Francine foi recebida por Clara com um abraço acolhedor. Conheceram-se enquanto seus filhos estavam confinados e apoiaram-se mutuamente quando eles brigavam ou enfrentavam obstáculos. Construíram uma bela amizade aquelas duas mães.
À noite, fizeram uma festa. Mais uma surpresa: Flávio, seu amigo fiel do programa, apareceu para confraternizar com o parceiro. Abraçaram-se os três, Francine e seus Benhês, adorando o fato de poderem se expressar sem câmeras em torno de si. Esclareceram o que tinha de ser esclarecido, reafirmaram sua amizade e Flávio foi mais um adotado pela grande família Porto.
Max aproveitou o clima descontraído para colocar Flávio a par de tudo que se passava. Ao fim da narrativa, mostrou ao amigo o DVD e a revista. Flávio também ficou bastante impressionado com o que viu. O nome Concentração, inexplicavelmente, também lhe trazia uma sensação de confiança. Por isso, aconselhou o amigo a dar tempo ao tempo, aguardando com serenidade o que futuro poderia trazer.
Max resolveu seguir o conselho do amigo e curtiu todo o resto da festa ao lado de seus afetos mais caros.
Tudo era alegria e serenidade. Aquela noite seria inesquecível.
Mas, essa tranqüilidade não tardaria a ser perturbada.
NO PRÓXIMO CAPÍTULO: NOVOS OBSTÁCULOS ATRAVESSAM O CAMINHO DE NOSSO HERÓI
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