Nas comunidades do Orkut dedicadas ao Max tudo era uma agitação só.
Bern@ EVENTOS, a responsável pela organização, estava tendo uma grande trabalheira para que o encontro fosse o mais organizado possível. O fechamento da lista de presenças estava dando problemas, por que sempre tinha um retardatário que tentava inserir seu nome na última hora.
Ela contava com a ajuda de algumas pessoas, mas a maior preocupação era que o encontro estivesse organizado de forma a poder receber Max sem qualquer tumulto.
Ninguém sabia se ele ia. Esse era o zum zum nas conversas pelas comunidades. Muita gente esperava vê-lo, mas não acreditava que ele fosse comparecer.
Tinham um grande consolo, porém, a mãe, Clara, e os amigos de Max haviam confirmado presença.
Bern@ EVENTOS passou dias e noites cuidando de todos os detalhes para que o encontro dos torcedores do Rio, o chamado Orkontro Rio, fosse um sucesso. Todas as comunidades Max estariam representadas naquela homenagem, inclusive a CONCENTRAÇÃO, onde a expectativa era grande.
As infiltradas de Fortaleza afirmavam que tinham certeza de que Max iria ao encontro, mas muitas torcedoras cariocas estavam céticas.
(Confissão Maxlícias: esta autora que vos escreve era a mais cética de todas).
Tarefas eram divididas: faixas, cartazes, vídeos, enfeites, presentes e toda sorte de mimos eram preparados para receber nosso herói e sua trupe.
O encontro seria na véspera do dia das mães e, então, a CONCENTRAÇÃO resolveu que, independentemente da presença de Max no evento, haveria uma homenagem à Clara. A comunidade se cotizou e encomendou uma bela cesta de sabonetes naturais à OLPHATUS, nosso patrocinador oficial.
As flores, grande paixão de Clara, também não foram esquecidas. Um lindo cartão também foi providenciado.
Na véspera do Orkontro, só o que se lia eram comentários sobre a ansiedade da espera pelo grande dia.
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INTERVALO COMERCIAL
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Enfim chegou o grande dia.
Havia lista de presença na porta, pulseirinhas para identificar os convidados, um grande controles sobre a entrada das pessoas, de forma a garantir a paz e a privacidade do encontro.
Pouco eram os homens presentes ao local. A esmagadora maioria de mulheres havia se preparado com esmero para um possível encontro com Max. Em todas elas se podia perceber a alegria de estarem se conhecendo pessoalmente após tanto tempo de amizade virtual, de apoios mútuo nos paredões, de mutirões e conversas que varavam as madrugadas.
Todas aquelas pessoas agora tinham um rosto, um sorriso, um charme.
As representantes da CONCENTRAÇÃO chegaram cedo e começaram a ajudar na decoração do local. Queriam confraternizar com todos os que estivessem ali. A sensação que os irmanava era a mesma: teriam um contato com Max, mesmo que fosse apenas através de sua mãe e seus amigos. Poderiam tirar fotos, conversar, compartilhar as alegrias e angústias dos dias de confinamento. Escolheram a última mesa do local, na parte externa, para que pudessem conversar à vontade.
E tudo ia assim até a chegada dos amigos de Max.
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INTERVALO COMERCIAL
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Já na entrada, um deles pediu que se reservasse um local para Max, caso ele resolvesse aparecer. Com as pernas tremendo, a interlocutora (a mais cética de todas) perguntou se havia alguma possibilidade real do comparecimento de nosso herói. O amigo foi bastante sincero com ela: Ele quer muito vir, mas tem que haver a garantia de que não haverá tumulto.
Aconselhado a conversar com todas as fãs presentes, o amigo de Max anunciou pelo microfone que Max estava bem perto dali e que desejava muito comparecer, mas que temia que uma grande agitação entre as torcedoras pudesse tornar a situação difícil para ele.
Como se fossem meninas do ginasial, todas as fãs se aquietaram, permanecendo em sua mesas.
Fariam tudo que fosse preciso para que Max as brindasse com sua presença.
O amigo de Max então telefonou para nosso herói, reportando-lhe tudo o que se passava no local e voltou para o microfone com novas orientações:
- Max virá aqui, mas, como ele está com muita fome, pede a vocês que permitam a ele entrar no restaurante e fazer uma refeição com privacidade, pois logo depois ele virá conversar pessoalmente de mesa em mesa com cada uma de vocês.
O silêncio se fez. Todas quietinhas, sentadinhas e caladinhas. Podia-se ouvir o zumbido de uma mosca, caso existisse alguma por ali. Mas a quietude escondia uma enorme excitação por parte das mulheres. Todas comentavam entre dentes: “Ele vai vir... ai, meu Deus, eu vou morrer!”
Enfim, o aguardado momento chega. Um táxi traz nosso herói, Francine e Clara para o local do encontro. Ninguém ousava respirar, temendo que afugentar Max dali. Eles passaram rápido e entraram no restaurante para fazer sua refeição.
Do lado de fora, todas arrumavam seus cabelos, retocavam a maquiagem e ajeitavam suas roupas. Algumas torcedoras, mais descontroladas, resolveram ir ao banheiro centenas de vezes só para ter a oportunidade de passar perto da mesa onde a família almoçava. Esticavam o pescoço e faziam um olho de gancho na direção Max... saíam e voltavam para dar mais uma espiadinha.
Na mesa da CONCENTRAÇÃO a situação não era diferente. Todas com as mãos suadas, revisavam os presentes que iriam dar à Clara. Conversavam sobre as primeiras impressões sobre Max ao vivo. Como estavam na última mesa do recinto, sabiam que a espera iria ser demorada. Até que Max atendesse a todas as fãs que estavam antes delas, a noite cairia.
Isso não lhes afetou o ânimo. Aproveitaram o tempo para se conhecerem melhor, agora que estavam frente a frente. Conversavam sobre os momentos em que haviam elaborado as estratégias, sobre a formação da comunidade secreta e sobre os resultados que haviam obtido.
Tudo estava indo tranquilamente, até que Max, Francine e Clara adentraram o recinto.
NO PRÓXIMO CAPÍTULO: A CONFRATERNIZAÇÃO ENTRE MAX E SUA TORCIDA
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