De repente, ouviram gritos ao longe e procuraram para ver de onde vinha. Alan divisou uma pessoa acenando da ilha... parecia um náufrago. Resolveram se aproximar para dar um auxílio.
À medida que foram chegando perto da ilha, conseguiram distinguir uma mulher bem baixinha, que acenava desesperadamente para o barco.
Havia uma nuvem de insetos voando em volta dela e ela gesticulava com muita ênfase.
Alan foi com o bote até lá e trouxe a pobre mulher para o iate. Ela, agradecida, beijava as mãos de Alan por tê-la socorrido naquele momento.
- Bem vinda a bordo, disse Max.
Ela não conseguia desgrudar os olhos do casal, enquanto se aproximava deles.
Fran sentiu um forte odor, um verdadeiro budum, mas tentou disfarçar.
Max também sentiu aquele fedor e igualmente foi infeliz na tentativa de disfarce:
A moça, envergonhadíssima, percebeu o gesto do casal e apressou-se em explicar: - moro nesta ilha. Porém, há uma semana que não chega água potável para abastecer as casas. Tentei tomar banho de mar, mas não adiantou muita coisa. Estou com sede e sem um tostão para comprar água ou sair da ilha.
- Como podemos te ajudar? – perguntou Alan.
- Por favor, só preciso tomar um banho e que vocês me dêem uma carona até a praia. Lá eu vou ao banco retirar dinheiro e comprar tudo o que preciso. Depois, alugo uma balsa que me traga de volta.
Imediatamente, Max decidiu: - Então está combinado, faremos o possível para ajudá-la.
A moça olhou para ele completamente encantada e disse: - Você é exatamente como eu pensava. Valeu à pena participar da CONCENTRAÇÃO.
- Concentração??? – exclamou Francine e Alan ao mesmo tempo.
- Sim, faço parte dessa comunidade. Organizei diversos mutirões. Prazer em conhecê-lo pessoalmente, Alan. Já te conhecia de foto e, por isso, fiquei tão grata, afinal foi um companheiro de ideal quem me salvou da seca na ilha.
Max ficou intrigado. Por onde passava, essa tal de CONCENTRAÇÃO acabava por cruzar o seu caminho. Fran também estava estranhando essa série de coincidências.
A moça, então, pediu licença para tomar um banho, arrumou-se e desembarcou na praia da Barra da Tijuca, em estado de êxtase. E o iate seguiu viagem.
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INTERVALO COMERCIAL
SABÃO ÔME MOSTRA TUDO
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Max e Fran passaram um final de semana inteiro no iate e não quiseram voltar para Maricá. Hospedaram-se na casa da amiga e assessora de imprensa, pois queriam se reunir com ela para avaliar como ia a agenda de trabalho para a próxima semana.
Teriam uma semana cheia de participações em programas de televisão e sessões de fotos. Para Max, isso significava uma certa tranqüilidade quanto às tentativas de afastá-lo de Fran. Enquanto houvesse compromissos desse tipo, ninguém teria coragem de tentar qualquer coisa.
O passeio de iate fizera bem ao casal. Contaram sobre a surpresa para a assessora, que nunca havia ouvido falar em Penélope e em Alan. Porém, quando Max citou a Concentração, a amiga abriu um sorriso maroto: “Como você sabe da existência dessa Comunidade?”
Max e Francine narraram todas as vezes que seus caminhos cruzaram com esse grupo e a frustração de nosso herói em não conseguir ver o conteúdo da comunidade.
A assessora ouviu atentamente e, no final, respondeu: - Por que você não me disse antes? Faço parte dessa comunidade. Não sou muito ativa, mas acompanho de perto tudo o que acontece por lá.
Imediatamente, a amiga acessou a comunidade e deixou que Max vasculhasse tudo: quem eram os integrantes, o que debatiam, como eram as estratégias... enfim, nosso herói pôde entender um pouco sobre o que motivava esse grupo a segui-lo tão de perto.
Agora, compreendia a sensação de segurança que a palavra CONCENTRAÇÃO lhe trazia. Havia um grupo de pessoas que não queriam nada dele, além de auxiliá-lo, em troca de – quem sabe – um gesto de atenção de sua parte.
- Maneiro, sussurrou.
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CAMPANHA EDUCATIVA MAXLÍCIAS
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Agora que o casal sabia o que era a CONCENTRAÇÃO, a amiga aproveitou o ensejo para revelar um segredo: - Vai haver uma comemoração de algumas comunidades do Orkut que te ajudaram nos paredões. Eles sonham com sua presença por lá.
Max e Fran hesitaram. Estavam traumatizados com o assédio e com o tumulto em volta deles, com suas últimas aparições em público. Gostariam de manter contato com os torcedores, não se recusavam a estar com eles, mas temiam o descontrole de alguns fãs.
A amiga tranqüilizou o casal: - não será uma reunião muito cheia. No máximo, umas 150 pessoas. Sua mãe e alguns de seus amigos já confirmaram a presença.- Até lá a gente vê como vai ser – disse Max.
- A CONCENTRAÇÃO estará presente - arriscou a assessora
Max deu de ombros, como quem não se importava, mas a informação atingiu em cheio o seu objetivo: Max ficara curioso.
Acertaram mais alguns detalhes da agenda e foram se arrumar para cumprir o primeiro compromisso da semana.
NÃO PERCAM NO PRÓXIMO CAPÍTULO: MAX E CONCENTRAÇÃO APROXIMAM-SE CADA VEZ MAIS
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