CAPÍTULO 22

Continuava a agitação em torno do lançamento da revista masculina para a qual Fran fizera um ensaio fotográfico.

Max observava tudo de perto, mas não queria se intrometer muito, deixando Francine livre para tomar as decisões com a assessora de imprensa.

Resolveu, então, telefonar para o fotógrafo e chamá-lo para jantar em um restaurante ali perto.

Convite aceito, quando chegou a hora aprazada, Max encontrou-se com o amigo, que lhe deu a impressão de estar extremamente abatido.

Max perguntou o que estava acontecendo e se podia ajudar em alguma coisa. O fotógrafo desabafou:

- Infelizmente não há nada que você possa fazer, Max. O problema é com minha filha.
Max nada falou, demonstrando interesse em ouvir o que o fotógrafo tinha a dizer.

- Ela infiltrou-se em diversas torcidas, fingindo-se passar de torcedora da Francine. Angariou simpatia e confiança dentro de diversos blogs e comunidades.

Max inclinou-se para a frente, interessado no relato.

- Ela usou meu nome para vender às torcedoras um livro de fotos inéditas de Francine.

Max ficou curioso:
- E você tinha essas fotos inéditas?

O fotógrafo, desolado, respondeu:

- Não, eu não tenho nada da Francine. Minha filha arrecadou um dinheirão das torcedoras e depois sumiu.
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Como sumiu? – perguntou Max.

- Ela desapareceu, contou o fotógrafo.
- Há dias que não a vejo

- Ih, a coisa é séria, comentou Max.

Pausa na narrativa: Essa frase de Max foi sugerida por nossa assídua telespectadora KELLY

- Muito séria, Max. A polícia já me interrogou diversas vezes, pensando que eu era cúmplice de minha filha.

- Mas ela não te disse nada? – argüiu Max

- Ela só disse que iria comprar um lindo presente para a sua diva.

- Então, concluiu Max, ela deve ter viajado para o sul.

- Não sei, Max. Ultimamente eu já não sabia mais quem era essa tal diva. Talvez ela esteja aqui no Rio mesmo. Eu a ouvi falar com um ourives sobre uma jóia de ouro, um piercing.

Max coçou a cabeça... era melhor ficar calado.
Certas coisas não precisam ser ditas.
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INTERVALO COMERCIAL

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- Não sei mais o que fazer, Max. Não adianta repor o dinheiro que as torcedoras deram a ela. Isso apenas minimiza o problema.

- Por que ? - perguntou Max

- Por que ela continua aplicando esse golpe em outras torcidas e me parece que as próximas serão as suas comunidades.

- Então, temos que prevenir as pessoas – disse Max resoluto.

- Eu morro de vergonha, apelou o fotógrafo.

Max olhou compreensivo para o amigo. Respeitava sua dor, mas era preciso deter aquela anática (ou seria priática?)

Max tranquilizou o amigo: - Deixa comigo. Não se preocupe que ela não vai mais aplicar nenhum golpe.

O encontro com o fotógrafo terminou tarde.
Max estava chateado por não poder ajudar seu amigo.

Não havia nada que pudesse fazer naquelas circunstâncias, a não ser impedir que o golpe se espalhasse por sua torcida.

CONCENTRAÇÃO... o nome veio imediatamente à sua cabeça. Será que haveria algum perigo para a comunidade?

No próximo capítulo: Max conseguirá deter o golpe da garota enlouquecida?