RETROSPECTIVA MAX BBB9 - PARTE 4

UMA CAUSA PELA QUAL LUTAR


A nona edição do BBB apresentou diversos contrastes desde o início, com a divisão do grupo em lado A e lado B. Mas, com o desenrolar do jogo, duas personalidades completamente opostas se destacaram, transportando para aquele pequeno universo da casa uma luta real de valores que ocorre diariamente na sociedade.







Num pólo, o individualismo e consumismo exacerbados e, no outro, o apelo à simplicidade e à solidariedade. Como ícones desses dois pólos, tivemos Ana Carolina e Max.

Ana Carolina representou maravilhosamente a competitividade do mundo atual, baseada na puxada de tapete, na visão egocêntrica de mundo, no poder econômico tentando comprar tudo e todos.




Max, por sua vez, representava a conquista pelo esforço próprio, a confiança no ser humano, o apoio mutuo, a lealdade. Mas, principalmente, o campeão trazia consigo uma forte auto-estima, capaz de estimular as pessoas a acreditarem em si mesmas. E também sua capacidade de ouvir o outro, de incluir, de somar.







Já na reta final do programa, Max percebeu o estilo de jogo da Ana e resolveu partir para o confronto tão esperado por nós. Na prova do carro em que disputavam a ultima liderança, Max faz Ana provar do seu próprio veneno, expondo para Fran e Pri a estratégia da lourinha.




Este contraste não foi explorado de forma explícita pelas edições levadas ao ar, mas certamente foi o fator predominante para a formação de uma verdadeira guerra de torcidas do lado de fora da casa.

Cada torcida trazia as características de seus preferidos. Assim, a torcida de Ana utilizava-se dos mesmos artifícios e estratégias que ela: a difamação, o egoísmo, a contratação de lan houses para a votação, enfim, o vale-tudo que Ana protagonizou tão bem dentro da casa.






Do outro lado, a torcida de Max se mobilizava na solidariedade, na tentativa de mostrar que a vontade das pessoas não poderia ser manipulada pelo poder econômico, na demonstração de que os princípios de uma sociedade ética ainda não morreram. A Concentração é uma pequena amostra do fenômeno que tomou conta de todo o país.





E foi esse o tom da batalha que se travava aqui fora, enquanto os jogadores estavam confinados. Para muitos torcedores, Max tornou-se um representante de uma causa pela qual valia a pena lutar. A causa da preservação dos princípios e valores éticos da sociedade, atraindo para sua torcida pessoas que jamais assistiram Big Brother, muitas delas - inclusive - portadoras de preconceitos contra o programa.

É isso aí, campeão, o jogo não foi uma batalha travada apenas dentro da casa. Aqui fora, sua torcida se uniu para impedir que o poder econômico ditasse quem seria merecedor do prêmio. Não foi à toa que o paredão entre Ana e Max representou, em todos os sentidos, a grande final do jogo.

Lê