. Esse é O CARA!!!

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O bambu e o baobá


Uma das características de Max que mais me chamam a atenção é a sua capacidade de se adaptar às situações, o que o torna um verdadeiro camaleão. Max não se rebela, mas também não se conforma. Faz com sua vida, o que faz na sua arte: amolda, modela, adapta, manuseia suas ações. 

Assim como a água que não enfrenta a montanha, mas vai se acumulando, e se tornando mais forte, contornando e ultrapassando os obstáculos que surgem no seu caminho, Max vai se renovando a cada dia numa incrível flexibilidade.

Esta característica de Max eu percebi ao analisar meus próprios valores.

No processo de análise dos nossos valores, fatalmente acabamos por nos deparar com um sistema de regras que nós mesmos criamos para governar se nos sentimos bem ou mal diante de deterninadas situações. Até aí tudo bem. 

O problema é que muitas dessas regras foram criadas para atender a circunstâncias em que vivíamos no passado, quando ainda não tínhamos nos tornardo o ser humano que somos hoje. E aí cabe a pergunta: essas regras ainda são adequadas para as circunstâncias atuais e para o nosso eu ?

Ocorre que muitas pessoas sequer conseguem reconhecer e definir quais regras elas estabeleceram para julgar aquilo que lhes faz bem ou mal. Então,  torna-se necessário que aprendamos a reconhecer essas regras antes de começar a avaliá-las e, porventura, mudá-las. 

E como fazemos isso?

Recorrendo mais uma vez a Anthony Robbins, (Desperte o Gigante Interior) aprendi que devemos nos fazer algumas perguntas básicas,  capazes de nos auxiliar a identificar nossas regras e, por consequencia, o nosso padrão de exigência em relação a nós mesmos e ao mundo.

Perguntas do tipo: "O que precisa acontecer para que você se sinta bem sucedido?" ou "O que tem de acontecer para que você se sinta amado?", ou ainda, "O que deve acontecer para que você considere uma pessoa sua amiga?"

As respostas a esses questionamentos nos apontarão as regras que estabelecemos para julgar situações e pessoas. Mas, muito mais importante do que isso, elas nos apontarão o nosso grau de rigidez ou flexibilidade em relação ao que é necessário que aconteça para que nos sintamos bem.

Nossas regras nos apontam o grau de exigência que nós utilizamos conosco e com os que estão ao nosso redor. 



Quanto mais regras criamos, mais exigentes nos tornamos, o que pode nos levar a um padrão impossível de alcançar. Se estabelecemos muitas condições para, por exemplo, considerarmos uma pessoa nossa amiga, será cada vez mais difícil reconhecermos a amizade. Se estabelecemos muitos requisitos para que nos sintamos bem sucedidos, mais tenderemos a nos sentirmos fracassados, por que se torna praticamente impossível que todas as condições se realizem. 

Seremos um baobá, uma grande árvore, fincada no solo, com um tronco rígido, mas que nas intempéries, corre o risco de se  quebrar? Ou escolheremos ser o bambu, fino e flexível, que nas grandes tempestades se enverga e depois volta a se aprumar? 

Isso só depende de nós.Se estamos sendo muito exigentes conosco, provavelmente estaremos sendo exigentes com os outros. E isso tira de nossas mãos o controle sobre o que sentimos, transferindo a responsabilidade para quem convive ao nosso redor de atender a tantos requisitos.

Seremos o baobá forte, rígido e sujeito à destruição quando houver uma turbulência maior em nossas vidas.



Mas, se ao contrário, formos capazes de compreender nossas limitações e as dos que nos rodeiam, estabelecendo regras de convivência menos rígidas, seremos o bambu, frágil e flexível, mas capaz de se reerguer sempre, não importa a força da tempestade que o atinja.

Por isso, devemos analisar se as regras que criamos ontem ainda servem para o sujeito que somos hoje. Se estas regras estão nos colocando num patamar de exigência tal que estejamos sempre nos sentindo frustrados, derrotados, tristes. traídos, abandonados - não importa o que aconteça ou como as pessoas em volta se comportem. A revisão dessas regras pode nos apontar com clareza se estamos sendo rígidos demais conosco e com aqueles que estão a nossa volta.

Essa foi a primeira reflexão que fiz acerca do quanto meus valores têm me ajudado a me aprisionar ou a me libertar. Espero que ajude a vocês também.

Beijão da Lelê

1 comentários:

Paulo Gregory disse...

Acho que cada um tem lá suas regras, mesmo que implícitas. Mas, eu adoro ser elástico! É muito bom poder se adaptar a situações adversas... É como estar no cordão do bola preta e se imaginar escutando um rock... rsrs

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